Alguns estudos apontam maior incidência/vulnerabilidade em questões de saúde na população imigrante. Incluindo transtornos psicológicos, ansiedade e uma maior visão pessimista em relação ao futuro, o que pode estar relacionado com a pouca rede de apoio e distância do país de origem. Os processos migratórios possuem razões variadas, mas no geral a psicologia intercultural diz que esta mudança naturalmente gera algum nível de estresse, devido a esse novo contato cultural, que pode diminuir o estado de saúde tanto físico quanto mental. Muitas vezes esses problemas de saúde não são inevitáveis e dependem de inúmeras características contextuais do processo de cada sujeito. Em um recente artigo publicado por Sylvia Dantas dissertam que uma das maiores dificuldades na experiência intercultural é a língua e o contraste cultural. Assim, um contato anterior com a língua e cultura, seja por meio de um intercâmbio ou a oportunidade de estudar a língua anteriormente, são fatores que amenizam o impacto e adoecimento. O texto ainda diz que em termos de classe social há um rebaixamento ligado ao status social, enfrentando situações de subemprego ou desemprego, um ingresso em condições precárias na nova sociedade. Pessoas adultas sofrem mais com esses impactos do que pessoas com até doze anos de idade, embora dificuldades de adaptação possam surgir em qualquer idade.

Há certa dificuldade da população imigrante acessar programas de saúde e especialmente tratamentos de saúde mental. Alguns países têm políticas restritas e de confronto a imigrantes, que gera medo e desconfiança da população para acessar serviços de saúde. O adoecimento do imigrante ainda carece de pesquisa e atenção. Espaços de conversa e troca de experiência podem ajudar nesse processo. Este é um espaço de acolhimento!


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